Uma das que é considerada como “útil” vai também publicar um estudo sobre classes sociais e mobilidade social. Pelo pequeno texto no Público já temos
mais ou menos ideia do teor da coisa. Essencialmente explicar como estamos
melhor que há duas ou três gerações. É um serviço (não à nação) que tem que ser
prestado, é preciso esquecer tudo o que está a ser perdido e criar um ponto de
comparação negativo o suficiente para parecer que evoluímos.
Todos os Homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos... |
O próprio artigo de jornal não é muito recomendável já que ao afirmar que a
mobilidade social depende essencialmente da educação esconde outras coisas bem
mais importantes no caso da cultura portuguesa. Em primeiro lugar o facto de
quem ascende ter um curso superior não cria um laço de obrigatoriedade inverso,
ou seja, não significa que tirar um curso leve necessariamente a qualquer tipo
de ascensão social. E bastará ter um pouco de contacto com a realidade para
perceber que dada a cultura de trabalho que está a ser implantada a indistinção
salarial para funções completamente diferentes será cada vez a norma. Em parte
será a tradicional visão de curto prazo do empresário português, subqualificado
e sem responsabilidade. E em parte será também uma boa forma de estabilizar de
vez as barreiras sociais ao fazer ver aos filhos da classe média que estudar
não lhes trará nada.
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