Para decidir qual deles terá direito ao maior pedaço de carne. Só podemos
concluir isso do “estudo” encomendado pelo Ministério das Finanças sobre as fundações. Não é totalmente honesto falar de estudos desta forma porque o
actual governo possui uma inclinação ideológica muita clara e está a tentar
arranjar mecanismos para condicionar o debate público no futuro. Ao purgar as
instituições que não são ideologicamente concordantes o suficiente com o seu modelo de sociedade. Estão a assegurar que nas próximas décadas não existirá
qualquer opinião dissonante.
Organizações dependentes e ideologicamente comprometidas realizarão estudos
igualmente comprometidos, irão custear estudos cujas conclusões são conhecidas
à partida e financiar bolsas de “estudo” sem qualquer credibilidade e que não
terão outra utilidade que não seja criar um vasto corpo de literatura (de fraca
qualidade) que grite histericamente o seu apoio pelo modelo social e político
que está a ser proposto. É francamente desonesto para dizer o mínimo. Isto irá
sem dúvida seguir em frente (tal como a onda injustificada de privatizações
ruinosas) quanto mais não seja porque o cidadão português é completamente míope.
Agitam-lhe um slogan tonto de cortes em “despesistas” e saltam logo como feras
famintas que são, ansiosos por sangue. Por contar fica a história menos clara
dos critérios de selecção do governo, as amizades e simpatias pessoais e
ideológicas e no fim, ironicamente, as fundações que mais dão nas vistas pela
sua “generosidade” sairão incólumes. O seu consentimento político há muito que
está assegurado.
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